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O crescente interesse pelo golfe como desporto teve efeito a decisão do Comité Olímpico Internacional, após uma ausência de 104 anos no calendário de provas, voltar a incluir o Golfe no programa dos Jogos Olímpicos em 2016. Prova do interesse que esta modalidade tem despertado em Portugal é o maior número de participações de jogadores nacionais em competições de nível internacional. No entanto, o nosso país tem uma das mais baixas taxas de praticantes da Europa face à sua população e à quantidade de campos de golfe existentes. Portugal possui características ideais para a prática desta modalidade desportiva. Existem neste momento cerca de 85 escolas em todo o país com a modalidade golfe inserida no seu currículo. Levar o golfe aos jovens e à população é uma forma de combater o estigma elitista da modalidade e permitir desta forma aumentar o número de praticantes.
A proposta de integração do golfe como modalidade alternativa, na revisão dos programas de Educação Física do 3º Ciclo e Secundário, lança novos desafios aos professores de Ed. Física, cujos conhecimentos acerca da modalidade é muito reduzido, senão mesmo nulo, visto que a sua formação inicial não contemplou o ensino do golfe.
Pretendemos com esta ação de formação, que os participantes preencham uma lacuna na sua formação inicial e/ou contínua, proporcionando vivências práticas e competências técnicas para a aplicação de um programa de golfe na escola e evidenciar o valor educativo desta modalidade desportiva no desenvolvimento integral dos jovens.
No plano motor, a sua prática desenvolve a destreza, a coordenação, a precisão gestual e a velocidade de execução e reação.
No domínio cognitivo, desenvolve a tomada de decisão, a antecipação, a apreciação de trajetórias, a análise de jogo e a elaboração de uma estratégia.
No domínio afetivo, desenvolve a motivação, a gestão da oposição e dos resultados, a cooperação com os outros e o autocontrolo.
Simultaneamente, a prática do Golfe, promove:
- o respeito pelas regras e por todos os intervenientes (adversários, treinadores, dirigentes e árbitros); a valorização do trabalho e do esforço individual e coletivo; a integração e a inclusão dos jovens praticantes.
Neste sentido, a Federação Portuguesa de Golfe, em parceria com a DGE-Divisão Desporto Escolar, pretende proporcionar formação aos professores de Educação Física do Ensino Básico e do Ensino Secundário que os apoie na implementação de unidades dedicadas ao Golfe na sua atividade curricular e/ou dinamizar atividades ligadas ao Desporto Escolar, uma vez que a modalidade pode ser facilmente dinamizada nas escolas, em formas mais ou menos informais.
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Ana Claudia Do Rosario Maçãs 
